sexta-feira, 25 de maio de 2012


Formas de observação da oralidade e da Escrita em Gêneros Diversos

Atualmente o ensino de línguas voltado para a produção de textos, não segue mais uma sequência lógica pautada na regra gramatical estudada formalmente na sala de aula. O propósito do texto, a priori, tem caráter comunicativo, ou seja, o que se escreve deve ter significado lógico ao receptor (quem vai ler). Essa forma de produção de texto corresponde a prática comunicativa que não deve obrigatoriamente seguir as regras de produção textual para em seguida expô-lo.  O importante é saber que, a partir da oralidade que surge no decorrer de uma explicação ou de uma ideia a ser apresentada é possível se estabelecer um movimento contrário da comunicação, a partir da fala se produzir um esquema ou mesmo um texto para esclarecer o assunto tratado.
 Assim, fica nítida a via de mão dupla que é a comunicação, podendo, de acordo com o momento, partir de um texto didático e chegar a oralidade como partir da oralidade e atingir o texto didático.
O ambiente escolar é um local voltado a prática da escrita e da oralidade. Porém, na maioria das escolas esses textos (analisados na escrita ou na fala) seguem uma estrutura pré- estabelecida voltada ao propósito dessa escola, propósito que que, na maioria da vezes, tem o vestibular como objetivo final. Sendo assim, o aluno produz seus textos na visão do professor, para assim obter um conceito satisfatório no boletim escolar. Dessa forma, a livre produção de textos não é trabalhada, fazendo com que essa prática fique limitada, mesmo no que se diz a prática textual trabalhada na oralidade, pois, debates, por exemplo, tratam de determinados assuntos até certo ponto, não sendo possível que o aluno exponha suas idéias e as defenda com argumentos sólidos.
Os professores devem se utilizar de regras, sistematizações para nortear os alunos na produção de textos. Isso constitui a sequência didática.Portanto, o papel do professor é de um intermediador entre a idéia (conhecimento prévio) e o texto (oral ou escrito) . Intermediação essa que pode (deve) atuar no âmbito da correção com o propósito de atingir na estrutura do texto, o objetivo primário.
No artigo vê-se o exemplo da carta - reivindicatória. O professor apropria-se da idEia e do texto produzido por um aluno e estende- a à todos os interessados, chegando a produção de um texto mais abrangente com as correções necessárias. Correções (retextualização) essas que, pelas mãos do professor, tornaram-se momentos que contribuiu no processo ensino-aprendizagem, concretizando-se na construção coletiva do saber.

A escrita no contexto dos usos lingüísticos: caracterizando a escrita

Os autores Luiz Antonio Marcuschi e Judith Hoffnagel começam o capitulo abordando o assunto de que a escrita recebe uma avaliação social muito grande e também afirma que sua importância na sociedade é indiscutível e também fala sobre alguns mitos que colocam a escrita como uma tecnologia  que se coloca naturalmente na frente da fala.
Utiliza-se dos termos fala e escrita para designar o texto enquanto forma de passar conhecimento
Abordam também sobre o problema inicial que o professor de língua se depara com as opiniões negativas e polarizadas sobre a língua,a gramática, sobre a relação entre língua falada e língua escrita.


A escrita propiciou novas formas de armazenamento do conhecimento

Os autores colocam pontos importantes sobre a língua escrita e a língua oral,diz que ambas são importantes por razoes sociais,culturais,históricas cognitivas e políticas.
E da ênfase de que  nenhuma é mais importante do que a outra,que devemos de acordo com nossas necessidades utilizá-las no nosso dia a dia.
Por mais que a invenção da escrita tenha trazido inúmeros benefícios a língua oral continua fazendo parte da maioria de nossas atividades,ou seja a escrita é muito importante mais nem por isso é a única maneira de se produzir e transmitir conhecimentos.
 O livro apresenta que alguns estudiosos dizem que a língua escrita é mais racional e mais objetiva que a língua falada porem o autor diz o contrario afirmando que objetividade e racionalidade são características humanas, de nossas inserção sociocultural e histórica que determinam a natureza do conhecimento.
Um observação que o autor faz é de que  quando temos uma habilidade mais desenvolvida no uso da escrita distinguimos com muita facilidade contos, bulas,cartas pessoais e poemas mais também conseguimos distinguir a diferença entre um sermão, uma aula, ou uma conversa cotidiana.


A escrita não se resume a um código gráfico

A lingüista Claire Blanche-Benveniste diz que chamar a escrita de código-escrito reduz a função da escrita a um simples instrumentos de transposição da oralidade deixando de lado a função cultural que a escrita apresenta.
A autora pontua três pontos essenciais para mostrar que a escrita não pode ser vista como sendo apenas um código.
- a pertinência da escrita.
-a relação com o sentido.
- a língua pertence a um conjunto cultural amplo.

A questão da pertinência tem relação com o que a escrita conserva dentro do conjunto que escutamos as pessoas a falar.
O autor apresenta informações que dizem que a escrita não é capaz de reproduzir a fala totalmente como ela é, diferenças regionais, sociais ou de gerações não são refletidas através da escrita.

Os autores falam que uma das evoluções da escrita foi introduzir sinais de pontuação, e a letra maiúscula no inicio das frases,e segundo eles isso ocorreu devido a legibilidade dos textos para um publico maior.
E por fim finalizam o capitulo dizendo que a escrita serviu e ainda serve para estabelecer as regras que regem os usos da língua.
                                                   Caracterizando a fala
Neste capítulo os autores investigaram em que medida a fala apresenta estratégias próprias na relação com a escrita e como isso deve ser tratado no caso das atividades de retextualização.Deixaram clara a noção do que pode ou não ser visto como “presença da fala na escrita”.
                                  Fala e escrita como atividades discursivas
                                                                               Por: Luiz Antônio Marcuschi e
                                                                                        Angela Paiva Dionísio.
Constata-se hoje que,tanto em termos de usos como de características linguísticas,fala e escrita mantém relações muito mais próximas do que se admitia até então.Tanto a língua falada como a língua escrita têm uma história e formas próprias.
De tempos em tempos,temos reformas ortográficas e novas regras  para a escrita com a incorporação de vocabulários que migram da fala para a escrita ou da escrita para a fala.
Fala e escrita são duas maneiras de funcionamento da língua,e não duas propriedades de sociedades diversas.Enquanto a escrita foi tomada por estudiosos como estruturalmente elaborada,complexa e formal, a fala era tida como contextual  e estruturalmente simples.Essa ideia muda quando compara-se a linguagem de gêneros textuais semelhantes na escrita e na fala, com isso nota-se que tanto a fala como a escrita variam bastante nas suas formas de produção textual.
Outra ideia pouco correta é a de que a fala não seria planejada e a escrita sim.O certo é que há níveis de planejamento diferentes numa e noutra modalidade.
Com base nessas concepções, fica de antemão eliminada uma série de distinções geralmente feitas entre fala e escrita.
Tudo isso não passa de uma visão errônea do próprio funcionamento da língua, pois a escrita não traz virtudes especiais para a língua, e a fala não deixa de realizar alguma virtude.
É fundamental ter presente que as duas modalidades se realizam num contínuo de semelhanças e diferenças com algumas preferências, mas não com  regras exclusivas.Assim pode-se dizer que as diferenças são de ordem do funcionamento, e não de ordem do sistema.A fala é um modo de produzir textos ou discursos  reais que envolve estratégias típicas  do ponto de vista da formulação.
É um erro, confundir como fatos da oralidade os regionalismos, os idiomatismos  e as gírias, quando isso é uma questão de estilo, variação, registro,  enfim não se trata de uma marca da oralidade como querem os livros didáticos e algumas gramáticas normativas.O fato é que elas não são parte da norma escrita, mas não as credencia como características da oralidade.
Uma estratégia relevante que tem uma presença maior na oralidade é a repetição, por exemplo, que é típica da fala; Mais de vinte por cento da fala é repetição.
Pode-se concluir então que uma das grandes diferenças  enunciativas entre a fala e a escrita é o fato de a fala apresentar uma sintaxe em construção , ao passo que a escrita revela uma sintaxe  cristalizada que pode receber  formatos novos e estilizados para efeitos expressivos  como fazem os poetas e romancistas.
Por fim, resta dizer que um dos fatos mais admiráveis da parte de todos os falantes é o de que todos sabem falar  de maneira correta e fluente , mas, no caso da escrita, já que ela se à tantos parâmetros convencionais de adequação, não é nada fácil segui-los integralmente. A questão da escrita não está na gramática, e sim na forma como os gêneros  textuais  escritos  atuam na sociedade em que são produzidos  e na regulamentação exagerada dos preceitos de sua realização.
                                                                                                              Camila Vieira De Paula.

quinta-feira, 24 de maio de 2012


Livro: Fala e a Escrita

Luiz Antônio Marcuschi e Ângela Paiva Dionísio (Organização)
Beth Marcushi
Cristina Teixeira V. de Melo
Judith Hoffnagel
Luiz Antônio Marcushi
Maria Lucia F. de F. Barbosa
Marianne C. B. Cavalcante
Ângela Paiva Dionísio


Cap. Oralidade e letramento como práticas sociais (Luiz Antônio Marcuschi)

 A língua é um conjunto de práticas discursivas em que se manifesta e funciona em dois modos fundamentais: como atividade oral e como atividade escrita. Para compreendermos a oralidade e o letramento é necessário que façamos distinção entre duas práticas e perceber a diferença entre lidar com formas linguísticas e lidar com práticas sociais.
 O aspecto das formas linguísticas e das atividades de formulação textual faz parte das duas modalidades que é a relação entre fala e escrita.
 A “fala” se refere às formas orais do ponto de vista do material linguístico e de sua realização textual – discursiva. A “escrita” refere-se para designar as formas de textualização na escrita. Fala e escrita são muito mais do que dois códigos, pois têm formas de significação que lhes são próprias.
 Portanto, quando tratamos da fala e/ou escrita, lidamos com formas linguísticas. E quando falamos em oralidade e letramento referimo-nos às práticas sociais ou práticas discursivas nas duas modalidades.
 Letramento diz respeito às práticas discursivas que fazem uso da escrita. Uma pessoa pode ser letrada sem ter ido à escola, pois ela tem um letramento espontâneo. Existem vários letramentos, que vão desde um domínio muito pequeno e básico da escrita até um domínio muito grande e formal.
(Marcuschi apud Stubbs 2007,p.33) “ O termo oralidade é usado para “referir habilidades na língua falada”. Compreende tanto a produção (fala como tal) quanto a audição ( a compreensão da fala ouvida).”
 A fala é adquirida espontaneamente no contexto familiar, e a escrita geralmente apreendida em contextos formais de ensino.
 Letramento são as habilidades de ler e escrever enquanto práticas sociais. É importante esclarecer que letramento e alfabetização distinguem-se, pois letramento é o processo mais geral que designa as habilidades de ler e escrever diretamente envolvidas no uso da escrita como tal, escrita como prática social. Já alfabetização é o processo de letramento em contextos formais de ensino, por um processo de escolarização, organizado em séries e sistematizado.

“Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado; alfabetizado é aquele que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a  escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e escrita.” (Marcuschi apud Soares 2007, p.34)

 Esse letramento pode dar-se de modo muito complexo, indo desde um domínio muito baixo até um domínio muito alto da escrita. Os usos da escrita são hoje muito diversificados, de acordo com o indivíduo e sua necessidade.
 Há distinção entre “fala e a escrita” de um lado, e “ letramento e oralidade” de outro, ambos deixam claro que estabelecem relação no âmbito da língua como tal e ali se definem (relações entre fala e escrita).
 A oralidade diz respeito a todas as atividades orais do dia-a-dia, e as atividades do letramento dizem respeito aos mais variados usos da escrita, inclusive por parte de quem é analfabeto. A expressão letramento vem se especializando para apontar os mais variados modos de apropriação, domínio e uso da escrita como prática social e não como uma simples forma de representação gráfica da língua.

 Em suma, podemos afirmar que:

a)    Não há uma dicotomia real entre a oralidade e letramento, seja do ponto de vista das práticas sociais, dos fenômenos linguísticos produzidos e dos eventos nos quais ambas as práticas se acham presentes;
b)    Oralidade e letramento são realizações enunciativas da mesma língua em situações e condições de produção específicas e situadas que exigem mais do que uma simples habilidade linguística, mas um domínio da vida social;
c)    Letramento é uma prática social estreitamente relacionada a situações de poder social situada nos domínios discursivos e muitas vezes se acha fortemente imbricado com práticas orais.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Princípios Gerais para o Tratamento das Relações entre Fala e a Escrita


Neste livro podemos observar as relações entre fala e a escrita, a oralidade e o letramento. A distinção entre fala e escrita vem sendo feita na maioria das vezes de maneira ingênua e numa contraposição simplista,todos nós ouvimos muito mais do que escrevemos ou lemos, mas o peso dessas práticas não é o mesmo sob o ponto de vista dos valores sociais.

Neste segundo capítulo aprofundam-se noções importantes distinguindo-se entre oralidade e letramento, de um lado, e fala e escrita do outro. Essas distinções buscam esclarecer que a oralidade e letramento são duas práticas sociais em que nos portamos como seres sociais falando e escrevendo ou ouvindo e lendo. O letramento tem muito mais a ver com as práticas da escrita do que com sua aquisição, pois as pessoas podem ser letradas mesmo sem ser formalmente alfabetizadas.

Princípios Gerais para o Tratamento das Relações entre Fala e a Escrita

Por:Luiz Antônio Marcushi e Angela Paiva Dionisio

Falamos mais do que escrevemos. Toda a atividade discursiva e todas as práticas linguísticas se dão em textos orais ou escritos com a presença de semiologias de outras áreas, como a gestualidade e o olhar, na fala ou elementos pictóricos e gráficos, na escrita.
Basta observarmos o nosso dia-dia, contamos histórias, cantamos, escrevemos bilhetes, falamos ao telefone, fazemos anotações entre outros.
É com base nesse ponto de vista que os ensaios contidos neste livro tratam as relações entre oralidade e letramento, de um lado e a escrita de outro.
A língua é um dos bens sociais mais preciosos e mais valorizados por todos os seres humanos em qualquer época, povo e cultura. É uma prática social que produz e organiza as formas de vida, as formas de ação e as formas de conhecimento.
Mais do que um comportamento individual, ela é atividade conjunta e trabalho coletivo, contribuindo de maneira decisiva para a formação de identidades sociais e individuais.
Tendo em vista o trabalho com a língua em sala de aula, sabemos que  a língua escrita é mais estudada, porém em nosso cotidiano a língua oral é mais usada. Além disso, a criança, o jovem e o adulto já sabem falar com propriedade e eficiência comunicativa, sobretudo no período inicial da alfabetização, já que a fala tem modos próprios de organizar, desenvolver e manter as atividades discursivas.
Ambas têm um papel importante a cumprir e não competem, cada uma tem sua arena preferencial, nem sempre fácil de distinguir, pois são atividades discursivas complementares.
Cada um tem sua história e seu papel na sociedade, tudo isso justifica que a escola se preocupe com a linguagem oral com maior seriedade e cuidado.
Considerando que a variação linguística é natural e comum em todas as línguas, todas as línguas variam, não devemos estranhar as diferenças existentes entre os falantes do português nas diversas regiões do Brasil.
A intenção do livro é mostrar que os usos da língua são variados, ricos e podem ser muito criativos. A língua constitui-se de um sistema de regras que lhe subjaz e deve ser obedecido, do contrário as pessoas não se entenderiam.
Existem regras a serem observadas tanto na fala como na escrita, mas não impedem a criatividade e a liberdade na ação lingüística das pessoas. A língua tem um vocabulário, uma gramática e certas normas sociais e necessidades cognitivas adequadas á situação concreta e aos interlocutores.

A melhor forma de observar a relação fala - escrita é contemplá-las num contínuo de textos orais e escritos ,seja na atividade de leitura, seja na de produção. Em certos casos, fica difícil distinguir se o discurso produzido deve ser considerado falado ou escrito.
As diferenças entre oralidade e escrita podem ser mais bem observadas nas atividades de formulação textual manifestadas em cada uma das modalidades, e não em parâmetros fixados como regras rígidas.
Não existe uma preposição, um pronome, um artigo, uma forma verbal, etc. , que seja exclusiva da oralidade ou da escrita. Trata-se de um contínuo de diferenças e semelhanças entrelaçadas, como a fala tem suas estratégias preferenciais a escrita também.
Tanto a fala como a escrita variam de maneira relativamente considerável. A sociolingüística já se ocupava com a variação na fala, mas a escrita pouco foi observada sob esse aspecto, já que sempre se disse que a escrita era homogênea e estável.
Tanto a fala como a escrita seguem o mesmo sistema linguístico.Nesse caso afirma-se que não há dois sistemas linguísticos diversos numa mesma língua, um para a fala e outro para a escrita.
A escrita se manifesta como grafia com sinais sobre o papel, a pedra, a madeira, etc., e a fala com o som. Mas esta diferença, como lembram os linguistas alemães Koch e Osterreicher, não atinge fenômenos especificamente linguísticos, tais como a sintaxe ou a fonologia, nem a organização textual no nível da coesão ou da coerência.

As observações feitas até aqui mostram que há aspectos sistemáticos interessantes a serem analisados na relação entre a oralidade e a escrita. Não é de hoje que se procura investigar as relações entre a fala e a escrita. Mas, foi nos últimos 30 anos que a dedicação sistemática ao tema tomou corpo, e, nesse período, surgiu a maioria dos estudos que hoje dispomos, particularmente no Brasil. Na verdade toda análise da relação entre a fala e escrita ficou bastante prejudicada na lingüística, em função da idéia que a fala se dava no âmbito do uso real da língua, o que impedia um estudo sistemático pela enorme variedade.

Tanto a fala como a escrita acompanham em boa medida a organização da sociedade. Isso porque a própria língua mantém complexas relações com as formações e as representações sociais.
Fala e escrita são envolventes e interativas, pois é próprio da língua achar-se sempre orientada para o outro o que nega ser a língua uma atividade individual.
Existem sociedades que valorizam mais a fala, e outras que valorizam mais a escrita. A única afirmação correta é que a fala veio antes da escrita. Nem por isso, a escrita é simplesmente derivada da fala. São valores que podem variar entre sociedades, grupos sociais e ao longo da história.

Neste capítulo o autor explica com facilidade o estudo da fala e da escrita.
Percebemos que a fala é mais usada em nosso cotidiano por conta de uma conversa oral, uma conversa por telefone, por cantar músicas etc.

A parte escrita fica por conta de um recado, uma conversa por internet, um e-mail, um trabalho escolar. Observamos a importância de cada uma, que papel cada uma exercem, quais os principais aspectos de cada uma, entre outras funções.

Cada um tem o seu papel na sociedade, as línguas variam e não devemos estranhá-las. Segundo os autores em algumas sociedades a fala é mais valorizada do que a escrita, e vice-versa, isso depende dos valores propostos por cada ser humano em suas questões sociais e sua história.


Siliane Camargo

Livro: Fala e a Escrita

Luiz Antônio Marcuschi e Ângela Paiva Dionísio (Organização)
Beth Marcushi
Cristina Teixeira V. de Melo
Judith Hoffnagel
Luiz Antônio Marcushi
Maria Lucia F. de F. Barbosa
Marianne C. B. Cavalcante
Ângela Paiva Dionísio

APRESENTAÇÃO:
O livro trata a fundo as relações entre a fala e a escrita, a forma de se falar e de entender o texto e também  mostra a visão de que os manuais didáticos não abrem espaço para estas questões, e quando dão atenção fazem de forma equivocada.
Na fala e na escrita  há o  intuito de  aprendermos e entendemos o funcionamento da língua na sociedade e em nosso dia- dia.
Essas reflexões ganharam  espaço nos anos 90 pelos PCNs(Parâmetros Curriculares Nacionais) que deram  à oralidade um lugar de destaque no ensino.
Nós falamos e ouvimos muito mais do que escrevemos, mas, essa pratica não diz nada quando vistas pela sociedade. Todos nós aprendemos a falar primeiro, entramos na escola dominando  razoavelmente a língua. 
O livro ressalta que a fala vem primeiro e a escrita depois, algo tão natural que não deveria causar estranheza.
Veremos alguns tópicos o  que faz uma premissa (conclusão do raciocínio, da ideia).
1-      Toda a língua primeiramente vem da forma oral depois vem à escrita
2-      Todas as línguas variam tanto a fala como na escrita todas as línguas mudam e deve haver regras para todos os casos.
3-      Nenhuma língua esta em crise todas são regradas, tanto a língua escrita e a língua ágrafa (língua falada, língua que não há registros em livros ex: as gírias)
4-      Nenhuma língua é primitiva todas tem sua particularidade.