sexta-feira, 25 de maio de 2012

A escrita no contexto dos usos lingüísticos: caracterizando a escrita

Os autores Luiz Antonio Marcuschi e Judith Hoffnagel começam o capitulo abordando o assunto de que a escrita recebe uma avaliação social muito grande e também afirma que sua importância na sociedade é indiscutível e também fala sobre alguns mitos que colocam a escrita como uma tecnologia  que se coloca naturalmente na frente da fala.
Utiliza-se dos termos fala e escrita para designar o texto enquanto forma de passar conhecimento
Abordam também sobre o problema inicial que o professor de língua se depara com as opiniões negativas e polarizadas sobre a língua,a gramática, sobre a relação entre língua falada e língua escrita.


A escrita propiciou novas formas de armazenamento do conhecimento

Os autores colocam pontos importantes sobre a língua escrita e a língua oral,diz que ambas são importantes por razoes sociais,culturais,históricas cognitivas e políticas.
E da ênfase de que  nenhuma é mais importante do que a outra,que devemos de acordo com nossas necessidades utilizá-las no nosso dia a dia.
Por mais que a invenção da escrita tenha trazido inúmeros benefícios a língua oral continua fazendo parte da maioria de nossas atividades,ou seja a escrita é muito importante mais nem por isso é a única maneira de se produzir e transmitir conhecimentos.
 O livro apresenta que alguns estudiosos dizem que a língua escrita é mais racional e mais objetiva que a língua falada porem o autor diz o contrario afirmando que objetividade e racionalidade são características humanas, de nossas inserção sociocultural e histórica que determinam a natureza do conhecimento.
Um observação que o autor faz é de que  quando temos uma habilidade mais desenvolvida no uso da escrita distinguimos com muita facilidade contos, bulas,cartas pessoais e poemas mais também conseguimos distinguir a diferença entre um sermão, uma aula, ou uma conversa cotidiana.


A escrita não se resume a um código gráfico

A lingüista Claire Blanche-Benveniste diz que chamar a escrita de código-escrito reduz a função da escrita a um simples instrumentos de transposição da oralidade deixando de lado a função cultural que a escrita apresenta.
A autora pontua três pontos essenciais para mostrar que a escrita não pode ser vista como sendo apenas um código.
- a pertinência da escrita.
-a relação com o sentido.
- a língua pertence a um conjunto cultural amplo.

A questão da pertinência tem relação com o que a escrita conserva dentro do conjunto que escutamos as pessoas a falar.
O autor apresenta informações que dizem que a escrita não é capaz de reproduzir a fala totalmente como ela é, diferenças regionais, sociais ou de gerações não são refletidas através da escrita.

Os autores falam que uma das evoluções da escrita foi introduzir sinais de pontuação, e a letra maiúscula no inicio das frases,e segundo eles isso ocorreu devido a legibilidade dos textos para um publico maior.
E por fim finalizam o capitulo dizendo que a escrita serviu e ainda serve para estabelecer as regras que regem os usos da língua.

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